segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Ex-terceirizados cobram atrasados

Júlio César Barreto (estagiário)
Foto: Júlio César Barreto 

Ex-funcionárias da empresa Guelli, que prestava serviço para a Prefeitura de Campos no setor de merenda escolar, estiveram nesta segunda-feira (29) na sede da empresa, no Jóquei Clube, para reivindicar a multa rescisória e acesso aos documentos necessários para dar entrada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os contratos foram quebrados após a empresa, que contava com 208 funcionários, anunciar que vai deixar a cidade, já que não houve a renovação do contrato com o executivo municipal.
De acordo com Ana Maria, 44 anos, que trabalhava para a empresa há seis anos, a conta das despesas domésticas não está fechando. “Os boletos já estão vencendo. Moro de Aluguel, preciso de dinheiro”, ressalta. Outra ex-funcionária complementou. “Meu filho está chorando de fome”.
Segundo Patrícia Nascimento, 30 anos, cerca de 100 ex-funcionárias estiveram na sede da empresa durante todo o dia. Ela explicou que representantes do sindicato da categoria estiveram no local e tentaram negociar com a empresa. De acordo com ela, eles querem que o pagamento da rescisão seja feito e que a empresa cumpra o artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho, que prevê que, em devidas circunstâncias, todo empregado tem o direto de receber do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na empresa. Patrícia informou que a Guelli teria se negado a realizar o pagamento, alegando falta de recursos.
Uma pessoa, que se identificou como Edina e responsável pela unidade em Campos, disse que “para a empresa liberar o documento para dar entrada no FGTS, tem que pagar rescisão. Como? Com que recurso?”.
Por e-mail, a Folha entrou em contato com a superintendência de comunicação municipal para obter um posicionamento da Prefeitura sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.
29/02/2016 18:27

Fonte: Folha da manhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário