Estiagem leva SFI à situação de emergência.

Jane Ribeiro
Foto: Wagner Fraga/Secom
A falta de chuvas e a seca histórica do rio Paraíba do Sul estão causando prejuízos ao setor agropecuário na região. No final do mês passado a Prefeitura de São Fidelis decretou situação de emergência nas áreas do município afetadas pela estiagem. Agora, o município de São Francisco de Itabapoana, que também passa pelo mesmo problema, poderá dentro de poucos dias decretar situação de emergência. O município já perdeu 700 cabeças de gado e 100% da lavoura sofre com a estiagem. Em Campos, apesar da situação crítica, a Prefeitura ainda não admite essa possibilidade.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de São Francisco, Júnior Terra, os agricultores estão amargando prejuízos desde o início do ano. A situação crítica já contabiliza uma perda de 700 cabeças de gado e muitos produtores estão desfazendo do animal para não contabilizar ainda mais prejuízo.
— Há muito tempo que não passamos por um problema tão sério de estiagem. Não chove há meses e os agricultores contabilizam perda nas lavouras de aipim, abacaxi e outras culturas. Além disso, se não chover vamos perder mais gado. — informou Terra.
Ele declarou ainda que está elaborando um documento com a secretaria de Agricultura para que seja decretada a situação de emergência.
São Fidélis — A Prefeitura de São Fidélis decretou situação de emergência nas áreas do município afetadas pela estiagem, considerando que a forte seca afeta cerca de 80% da extensão rural desde junho.
Com grandes perdas, a estiagem está prejudicando mais de duas mil pessoas que vivem direta ou indiretamente da produção agrícola, olerícola e leiteria. Segundo dados da Cooperativa de Laticínios de São Fidélis, 300 associados estão sendo afetados. O presidente da cooperativa solicitou apoio da Prefeitura, como máquinas, para fazer açudes e caminhões para o transporte de rações.
O levantamento mostra uma queda brusca na produção de leite dos últimos três meses. Em julho de 2013 foram produzidos 325.228 litros e no mesmo período deste ano foram 248.166 litros.
Outra grande queda aconteceu em setembro, onde no ano passado chegaram a ser produzidos 313.089 litros e no mesmo mês deste ano foram 180.000 litros de leite.
Campos sofre com a falta de chuvas
Em Campos, a situação não é nada diferente. A falta de chuvas vem causando perdas em diversas lavouras como milho, quiabo, maracujá, abóbora, arroz, cana e na produção de leite do município, que caiu 30%. Mesmo assim, ainda não foi decretada a situação de emergência. Segundo o secretário municipal de Agricultura, Eduardo Crespo, a Prefeitura trabalha para amenizar os efeitos da seca, atuando nos canais. Não há previsão de chuva para os próximos dias.
— Estamos vivendo um período atípico de falta de chuva e os proprietários rurais já não têm mais o que fazer para não perder os animais e também suas plantações. Já mapeamos as áreas afetadas e estamos enviando máquinas com o objetivo de abrir novos poços. Além disso, a secretaria tem doado tratores e caminhões para socorrê-los no transporte de alimentos para os animais. Mas ainda não pensamos em decretar emergência — informou.
Fonte:Folha da Manhã.
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